sábado, 31 de julho de 2010

'Norwegian Wood' vai estrear em festivais de cinema!


É a notícia que tem corrido a internet dos últimos dias para cá - o filme 'Norwegian Wood' baseado no romance de Haruki Murakami vai ter a sua estreia internacional entre 1 e 11 de Setembro, no Festival de Cinema de Veneza. O filme vai ainda ser um dos participantes canditatos ao prémio de melhor filme do festival - juntamente com outros 21. A longa-metragem será de todos os nomeados a concurso a terceira mais longa, com 133 minutos. A exibição neste festival será a primeira exibição mundial do filme.

Está também confirmada a exibição do filme num outro festival, desta vez nos Estados Unidos da América, e que vai consistir em nada mais nada menos que a estreia do mesmo em território americano - será no Toronto Film Festival, que decorrerá de 9 a 19 de Setembro.

Escusado será dizer que bilhetes para estes dois festivais são caríssimos, e grande parte dos lugares estão também seleccionados/reservados/condicionados. Por isso, se vive no Japão, espere até Dezembro para a estreia nos cinemas normais... se não, não há solução a não ser esperar para data de estreia por cá - ajudaria se o filme tivesse boas críticas nos festivais!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Como evaporar um elefante para casa...?

... comprando-o numa livraria perto de si! Ontem, numa ida à FNAC, na qual apenas ia passar algum tempo e não tencionava comprar nada, acabei por trazer comigo um animal mesmo grande. O que vale é que evaporado pesou menos!

Olhei para as estantes e fiquei com vontade de trazer comigo o mais recente livro de Murakami. Mas tanto me fazia comprar ontem ou daqui a uns meses... visto que tenho muitos deles ainda por ler. O que me fez mudar de ideias foi ver que, naquela loja, só haviam mais dois livros da primeira edição (todos os outros 20 ou mais eram já da segunda edição).

A mania das primeiras edições acabou por me atingir e trouxe mesmo o livro. Não estou nada arrependido. Fica muito bem ao lado de toda a restante obra em português do Haruki...


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um Verão com Murakami...


O calor já se instalou definitavemente, e com Agosto e férias à porta para muita gente, o jornal diário português i fez uma lista de bons conselhos para o Verão - onde se inclui o seguinte parágrafo que chamou particularmente a atenção:

29 de Julho de 2010 - Haruki Murakami Nada melhor que começar um novo livro no primeiro dia de férias. Os livros do escritor japonês Haruki Murakami são sempre bons companheiros de viagem. O mais recente, "O Elefante Evapora-se", é uma colectânea de 17 pequenas histórias passadas no Japão. Mas se ainda não leu nada dele o melhor será sem dúvida começar pelo mais óbvio nesta altura do ano: "Kafka à Beira-Mar".

Acrescento mais duas leituras do autor que podem ser também boas de ler durante este período. Se as férias são aquela altura em que gostava de se pôr em forma através do exercício físico, mas nem por isso sente vontade, o meu conselho recai para a espécie de autobiografia "Auto-Retrato do Escritor enquanto corredor de fundo" - vai pôr a mais preguiçosa das pessoas com vontade de seguir os passos de Murakami!

E, num acto de loucura que eu próprio vou cometer, aproveitar uma noite quente de Verão para se pôr no quintal ou na varanda, numa maratona única de leitura, "After Dark: Os Passageiros da Noite". O livro passa-se numa noite, e desafio-vos a, como eu, também o lerem numa noite só...

No fundo o importante é aproveitarem as férias! E, de preferência, com o vosso autor favorito (ou um dos preferidos)...

terça-feira, 27 de julho de 2010

E o elefante continua a aguentar-se...


Escreveu a editora Casa das Letras no seu Facebook há poucos minutos: «O elefante do Murakami é bem pesado... não quer sair dos tops de vendas. Ainda bem que há elefantes com personalidade!». De facto, foi o Murakami PT averiguar aos sites da Fnac, da Bertrand, e da Wook, o livro de contos do autor japonês, quase dois meses depois de ter sido posto à venda, continua a aguentar-se nos TOPS das principais livrarias portuguesas!

E, em relação ao levantamento que tinha feito há exactamente três semanas, o que se torna surpreendente é que, na Wook, o livro subiu mesmo ao 4º lugar (há 3 semanas estava em 5º!). Enquanto que na Bertand manteve o 8º, na Fnac desceu também a esse patamar (6º há três semanas).

Parece que o elefante gosta dos lugares no top... e que os leitores lhe estão a fazer a vontade. Podem ler aqui no blog a crítica da Marta ao livro de contos carregando aqui.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Lançado primeiro teaser trailer de 'Norwegian Wood'!



Foi lançado na internet há poucos dias o primeiro teaser trailer do filme 'Norwegian Wood' baseado no famoso romance de Haruki Murakami. Com apenas 37 segundos, parece saber a pouco, mas é bem-vindo a quem já esperava por ele há muito tempo. A música homónima dos The Beatles a tocar de fundo enche-nos de um sentimento que nos associa bem ao que vemos...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

[Notícia] - Murakami tenta as audiências com romance em várias partes


Traduzido do inglês pela equipa do MURAKAMI PT.


O último romance de Haruki Murakami, 1Q84, foi o livro mais vendido do Japão quando os dois primeiros volumes foram publicados no ano passado. O terceiro sai este Verão – e Murakami sugeriu que pode até vir a escrever um quarto. As audiências estão entusiasmadas. Mas como imprimir um (potencial) grande livro, pergunta o Monocle?

Apesar de Murakami dizer que os livros podem ser divididos, todo o romance já chega às 1600 páginas, um desafio para as eventuais editoras. O tamanho standard para o livro japonês é um “amoroso” 15 x 10,5 cm, perfeito para ser transportado numa mala de mão ou para ler num comboio apinhado de gente. Manter estes tamanhos diminutos, contudo, requer que os livros sejam divididos em várias partes. Os romances são frequentemente divididos ao meio e publicados em partes, referidas como princípio e fim (no caso de romances maiores, princípio, meio e fim). 1Q84 pode acabar como o romance “Guerra e Paz”, publicado em diversos pequenos volumes.

Os leitores americanos terão acesso a uma tradução em Inglês, em apenas um volume, de 1Q84 em 2011, privando-os assim da emoção, de algum aborrecimento e também da oportunidade de ler em vários volumes, num formato tão “amoroso”.


Data: July 19, 2010 4:51 p.m
Fonte: The New York Observer
Por: Molly Fischer
Em: http://www.observer.com/2010/daily-transom/murakami-tantalizes-audience-many-part-novels


sexta-feira, 16 de julho de 2010

[Notícia] - Terceiro volume de 1Q84 muito aguardado na Coreia do Sul


Traduzido do inglês pela equipa do MURAKAMI PT.

Seul, 16 de Julho - O terceiro volume do livro best-seller do escritor japonês Haruki Murakami, 1Q84, já gerou altas expectativas antes ainda da sua tradução coreana chegar às livrarias, o que acontecerá dia 28 de Julho - noticiou na quinta-feira a agência nacional Yonhap News Agency.

Uma grande livraria online da Coreia do Sul começou a aceitar encomendas para o "Livro 3" na última sexta-feira, e já chegou ao 1º lugar da lista dos mais vendidos com aproximadamente 7.000 encomendas feitas, dizia a notícia.

Os livros de Murakami são populares no país, principalmente entre os jovens. O "Livro 1" e o "Livro 2" de 1Q84, cujas versões coreanas foram lançadas no último Agosto e Setembro, respectivamente, venderam mais de um milhão de exemplares.

"Enquanto que a venda (do terceiro volume) está a chegar mais tarde do que o esperado, tenho a sensação de que muita gente esperou muito pelo livro, a julgar pelas pré-encomendas.", afirmou uma pessoa ligada à editora.

1Q84 é uma longa história passada no Japão em 1984 que lida com vários temas, como a vida e a morte, religião e sexo, e se centra à volta de uma assassina profissional e de um aspirante a escritor.


Data: 16 de Julho de 2010, 05:54 AM JST
Fonte: Japan Today
Em: http://www.japantoday.com/category/top-in-category/view/latest-sequel-to-murakamis-1q84-much-anticipated-in-s-korea


quarta-feira, 14 de julho de 2010

[Notícia] - Música dos Beatles autorizada para uso no filme 'Norwegian Wood'

Traduzido do inglês pela equipa do MURAKAMI PT.

14 de Julho de 2010 - Uma música original dos The Beatles foi autorizada para uso na adaptação cinematográfica do romance japonês 'Norwegian Wood'.

O hit homónimo de 1965 dos 'Fab Four', do albúm 'Rubber Soul', será usado no novo projecto do realizador vietnamita Tran Anh Hung (já nomeado para Oscares de outras edições), noticiou o 'Deadline'.

Fortissimo Films está na frente do empreendimento baseado no livro de culto do autor Haruki Murakami.

Outras músicas originais dos Beatles apareceram recentemente nos filmes 'Cidade Fantasma' e 'O Estranho Caso de Benjamin Button'.

O realizador de filmes Robert Zameckis planeia usar várias músicas dos Beatles no seu futuro remake de Yellow Submarine.


Data: 14 de Julho de 2010, 17:24 BST
Fonte: Digital Spy
Em: http://www.digitalspy.co.uk/music/news/a243755/beatles-song-licenced-for-norwegian-film.html


domingo, 11 de julho de 2010

[Artigo] - A Arte de Seduzir com as Palavras

Traduzido pela equipa do MURAKAMI PT do espanhol.

11 de Julho de 2010 - «Ninguém quer saber dos nossos textos.

Num tempo em que o espaço virtual faz as vezes de um grande quadro negro sobre o qual se pode escrever e apagar infinitas vezes qualquer coisa que nos ocorra.

Não há interessados nos problemas secretos dos outros. Umas atrás das outras, as garrafas que contém mensagens suplicando atenção são lançadas ao mar da indiferença.

Por isso, surpreende de um modo muito especial quando, da névoa, surge um autor que convoca e produz - tal como avisara Rodrigo Fresán - autênticas inovações.

Abundam os escritores perante os quais nos inclinamos com respeito e admiração. Também aqueles que fazem parte da coluna vertebral da história da literatura universal são de igual forma por nos nós apreciados. Os que são moda, que vêm e vão. Os que pintam as cores de uma frágil cena.

Haruki Murakami atravessou todas estas categorias. Foi o escritor do momento, o artista distinto vindo do Oriente, o inexplicável criador, e agora começa a transformar-se num clássico.

Quais são os poderes secretos que se aglomeram em Murakami? Que elementos fizeram da sua literatura um porto, um ponto de apoio e um bar onde se encontram as almas anónimas sedentas de afecto e compreensão?

Murakami é um escritor de histórias de amor. No entanto, a sua literatura permanece a milhões de anos luz dos clichés da literatura cor-de-rosa.

Murakami é um escritor de ficção, embora as suas obras estejam despojadas de esoterismos baratos.

Murakami é um escritor nocturno e, não obstante, as suas palavras iluminam um território sombrio: a condição humana do habitante do mundo moderno.

Vida boémia e esforço físico (o autor é um confirmado corredor de maratonas). Paz e combustão. Busca e enigma. Costituem todas as variáveis de um dos escritores mais interessantes que surgiram no mundo nos últimos 20 anos.

Os argumentos e as reflexões subjacentes de Murakami não são complexos. Mas isso não significa que não alcancem altos graus de profundidade.

A vida é despida com veemência na obra do escritor, sob uma marca quase paternalista. Como se, tal como um pai perfeito, sabe quando avisar e quando elogiar o seu filho.

A sua vida pessoal tornou-se algo curiosa. Murakami foi proprietário de um bar de jazz em Tóquio. Ali "deixou a pele e os ossos" numa tentativa de fazer do seu espaço um negócio bem sucedido. Quando conseguiu atingir o seu propósito, decidiu deixá-lo para trás. Missão cumprida.

Um compromisso entre tantos que se auto-propôs ao longo dos anos. O seguinte foi viver exclusivamente das suas obras.

- Alguma vez sentiu saudades do seu bar? - perguntaram-lhe. E Murakami respondeu, de forma segura e austéra, como sempre: "Às vezes. Administrei-o durante sete anos. Mas odiava os clientes bêbados. Tinha de os enfrentar e correr com eles ao pontapé. E alguns músicos iam tocar ao fim de semana completamente drogados. Mas aprendi muito acerca do talento. Uma pessoa nasce com ou sem ele. É um facto. Por exemplo, só um em cada 10 barmans tem o talento para fazer um bom coctail. As pessoas costumam perguntar-me o que devem fazer para se tornarem escritores. Mas eu sei a resposta. Se não tens talento, é uma perda de tempo. Mas a vida é mais ou menos isso, uma perda de tempo. Por isso, eu não sei."

E quem sabe o seu "não sei", as suas "vidas prováveis" como barmans, as suas experiências que se igualam em certos exercícios emocionais ao comum dos mortais, convergem sobre um mesmo ponto até resultarem naquela sedução que emana dos seus romances. O princípio do vício por Murakami.

Nos últimos anos não deixou de ser para milhões de pessoas o autor que se recomenda com paixão, através da frase: "Tens que ler este livro".

Murakami é um dos poucos eleitos que nos fazem acreditar que uma frase bem escrita, uma história cheia de inteligência e criatividade, honestidade e sabedoria, pode mudar a nossa vida. Ou pelo menos impulsionar a transformção.

Os seus romances não se limitam a um tema em particular, mas abarcam muitos.

No final, quanto o argumento termina, o leitor começa a compreender que Murakami deu voltas numa sensível permissa: divagar acerca de qual é o sentido da vida. O que se esconde atrás do quotidiano e os acontecimentos excepcionais que acontecem às pessoas.

Nas suas histórias o amor prevalesse. Mas primeiro que o amor, está a amizade que se desencadeia como uma energia poderosa.

Também o inexplicável tem um lugar reservado. A viagem de iniciação. A magia implícita em determinados momentos: beijar uma mancha na pele, descer a um poço e reviver o nascimento e a morte, o recuo de uma aldeia junto às montanhas, ou um sótão para tocar rock.

O desejo, segundo Murakami, surge de lugares pouco comuns.

As suas personagens, das principais às secundárias, não desesperam e entregam-se ao correr do tempo, surfando sobre um mar às vezes calmo, às vezes coberto por ondas gigantescas.

Uma conversa às cinco da manhã pode servir para se descubrirem tesouros para levar-se na mochila. Serviria, inclusivé, para acender a paixão entre dois completos desconhecidos.

Cada livro seu promete um destino sem a necessidade de esclarecer qual será.

Os diálogos, as reflexões internas das personagens, são os pontos de contacto mais atractivos e provocadores para o leitor.

Como aventureiros em busca de uma riqueza os protagonistas embarcam deixando para trás a pressa e a estupidez. Não importa o que acontecer, ninguém rói as unhas.

Em certas ocasiões são confrontados com tremendas crueldades. Noutras, apenas são ouvientes do canto enigmático de um pássaro que "dá corda ao mundo".

Uma simples chamada telefónica, no universo de Murakami, é capaz de provocar um eclipse.

Numa dada ocasião, o escritor revelou que não tinha tomado consciência da sua fama até ter ouvido uma manhã, na rádio, uma menção ao seu nome: o locutor não fazia outra coisa que divulgar os nomes das pessoas célebres do mundo nesse dia.

De uma maneira similar as criações de Murakami jamais pecam com soberba. Aceitam a odisseia, e quando tudo passa, relaxam a beber uma cerveja, sem pensar em nada.»


Data: 11 de Julho, 01:28h de Espanha.
Fonte: Rio Negro
Em: http://www.rionegro.com.ar/diario/rn/nota.aspx?idart=412541&idcat=9523&tipo=2

sábado, 10 de julho de 2010

'Norwegian Wood' vai para o cinema!


A estreia no Japão está já marcada para 11 de Dezembro deste ano, mas não existe mais nenhuma data confirmada para nenhum país, incluindo, é claro, Portugal. Mas a verdade é que Norwegian Wood, um dos romances mais amados pelos leitores de Haruki Murakami, vai ser adaptado para a grande tela! O elenco, todo japonês, é encabeçado pelos protagonistas Rinko Kikuchi e Ken'ichi Matsuyama. Será falado em japonês, e terá aproximadamente 1 hora e quarenta minutos de duração. o realizador, e autor do guião adaptado, é o vietnamita (criado na França) Ahn Hung Tran. O realizador teve, inclusivé, contacto próximo com o próprio Murakami, quanto à adaptação para cinema - mas não quis falar sobre o conteúdo das conversas tidas.

Apesar de ainda não existir nenhum trailer, pelo menos lançado na internet, podem conferir mais fotografias deste filme carregando aqui.

Além de uma adaptação já antiga de 'Hear the Wind Sing', e de alguns outros filmes (curtas e longas-metragens) representando contos do autor - 'Norwegian Wood' será o principal filme representando uma obra de Murakami. E, aliás, o primeiro a ser feito em conjunto com Hollywood. As expectativas dos fãs da obra estão altas, visto que para muitos é o melhor de todos os romances de Murakami.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O próximo a ser publicado em Portugal...?

De todos os livros de Haruki Murakami, a maioria encontra-se já traduzida e publicada em Portugal. 1 na Tinta da China, 1 na Civilização, e os restantes na Casa das Letras. No entanto, dos livros que já foram traduzidos do japonês para o inglês, há ainda quatro obras ainda não publicadas no nosso país: «Hear the Wind Sing», «Pinball, 1973», «Hard-Boiled Wonderland and the End of the World» e «after the quake».

Os dois primeiros não acredito que sejam publicados, pelo menos nos tempos mais próximos (dez anos... ou mais). Arriscaria mesmo a dizer que só alguns anos depois da morte do autor (esperemos que daqui a muito tempo!!) «Hear the Wind Sing» e «Pinball, 1973» serão publicados fora do Japão. Existem duas edições em inglês, mas ainda assim apenas publicadas na terra natal de Murakami - e este diz que não está interessado em publicar internacionalmente. Considera-as primárias, com uma escrita ainda pouco evoluída. Logo, não serão as próximas a serem traduzidas.

Restam-nos duas. «after the quake» é um livro pequeno, de seis contos. Quere-vos parecer que a Casa das Letras ia publicar dois livros de contos seguidos? A mim não. É por isso que a minha aposta recai sobre «Hard-Boiled Wonderland and the End of the World». Um dos primeiros romances de Murakami (o quarto), foi publicado em Espanha no ano passado, e quer-me parecer que é Portugal que se seguirá. Na imagem têm a capa de uma das edições, penso que a americana.

Podendo ser traduzido como «O Implacável País das Maravilhas, e o Fim do Mundo», a história, pela sinopse, parece-me ser daquelas mais surreais, e podem ler uma sinopse traduzida pelo MURAKAMI PT aqui. E, no fundo, o que interessa mesmo é que se continue a publicar a obra de Murakami no nosso país!

PS - Não me esqueci de 1Q84, e outras 3 ou 4 obras do autor que não referi; é que essas ainda só existem em japonês, e a nossa tradutora traduz os livros do inglês. Logo, não serão com certeza os próximos!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Vendas de «O Elefante Evapora-se»

Já há um mês nas livrarias, mantém-se consecutivamente, semana a semana, no TOP 10 das, provavelmente, três maiores livrarias a nível nacional - FNAC, BERTRAND, e WOOK. «O Elefante Evapora-se» segue assim a tendência que normalmente é registada aquando do lançamento de um livro de Haruki Murakami em Portugal - boas vendas garantidas.

Tendo sido lançado para o mercado português no dia 8 de Junho, teve entrada directa no TOP da Bertrand para o 6º lugar de vendas, noticiou o facebook da editora Casa das Letras no passado dia 15. Na semana seguinte viria mesmo a ocupar o topo nessa mesma livraria. E ontem a editora comunicou que «o elefante murakamiano mantém-se firme no top de vendas das livrarias Fnac, Bertrand e Bulhosa». O Murakami PT foi averiguar as posições concretas, e temos, então: na Wook, o 5º lugar; na FNAC, o 6º; e na Bertrand, o 8º.

Ainda no facebook da editora, foi comunicado que a segunda edição do livro já se encontra na gráfica para ser imprimida. Significa que a tiragem inicial encontra-se já próxima de esgotar.

Bom sinal que o autor continue a vender bem em Portugal, pois reforça a confiança da editora em continuar a apostar em Murakami! De realçar ainda que se trata de um livro de contos, e não pode ser ignorada a recorrente discriminação, mesmo que involuntária, a este género da narrativa - as pessoas tendem a preferir o romance!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

[Música] - California Girls



É no capítulo 12 de «Hear the Wind Sing», primeiro livro de Murakami, nunca editado fora do Japão, que o protagonista (o mesmo de «Pinball, 1973», «Em busca do Carneiro Selvagem», e «Dança, Dança, Dança») recebe um telefonema. Descobre que está a falar em directo para a rádio, e desafiam-no a descobrir quem lhe dedicou a canção «California Girls» dos The Beach Boys. Se acertasse ganhava uma t-shirt. No fim a rádio pôs a tocar a música.

Só não vos digo se ganhou ou não a t-shirt. De resto, podem ouvir a música...!

domingo, 4 de julho de 2010

[Crítica] - O Elefante Evapora-se


Penso que já toda a gente terá experimentado aquela sensação de desapontamento logo nos primeiros minutos de um filme. Não falo de um desapontamento por falta de qualidade ou por falta de entusiasmo. É mais aquele desapontamento de quando nos sentamos no sofá, à espera que dê um qualquer filme na televisão e acabamos por descobrir que já o vimos.

O que tem isto a ver com “O Elefante Evapora-se”? Mal abri o livro deparei-me com um título que me deixou curiosa. Curiosa e a pensar: “será…?” Era. O primeiro conto deste livro era o início de um outro romance (vamos apenas dizer assim para não estragar surpresas). E, ao contrário dos primeiros minutos de um filme que já se viu, reler as primeiras páginas de um dos melhores romances que já se leu é algo maravilhoso.
Depois desta surpresa inicial tive muitas outras. Ao fim de 6 livros de Murakami posso dizer que ainda não estou habituada a estas surpresas. Sempre que inicio um livro tenho a consciência de que me vou surpreender, já conheço os elementos mais utilizados pelo autor e até sou capaz de adivinhar certas coisas que com certeza aparecerão. Mas inacreditavelmente, consigo sempre surpreender-me com coisas que não esperava de todo.

“O Elefante Evapora-se” é o mais recente livro de Haruki Murakami editado em Portugal pela Casa das Letras, com a já habitual e fantástica (permitam-me o elogio) tradução de Maria João Lourenço, que reúne dezassete contos escritos entre 1983 e 1990.

Vou arriscar-me a dizer que gostei mais dos contos presentes neste livro do que na outra colectânea “A rapariga que inventou um sonho”. Estes contos fizeram-me rir, soltar exclamações e ficar de boca aberta (literalmente, convém dizer). Não sou capaz de escolher um como o meu preferido. São contos que ficam bem assim, tal como estão, juntos, agrupados.

Em “O Elefante Evapora-se” há contos mais reais, outros surreais e uma grande quantidade de contos que misturam as duas coisas. Há personagens novas e personagens de outros tempos e outros livros. A quem nunca leu contos de Murakami, aconselho vivamente a fazê-lo. Os seus romances fazem-nos entrar de tal forma no mundo Murakamiano que quando fechamos o livro quase conseguimos jurar que tudo o que lemos é real e possível de acontecer. Agora imagine entrar e sair constantemente de 17 mundos diferentes num só livro. Para quem gosta é, no mínimo, uma experiência incapaz de desiludir.

sábado, 3 de julho de 2010

Como tudo começou...


«Consigo lembrar-me com precisão da data e da hora em que decidi ser escritor. Estávamos no dia 1 de Abril de 1978, por volta da uma e meia da tarde. Encontrava-me sozinho no estádio Meiji Jingu, a beber cerveja e a ver o jogo de basebol. Na época, vivia ali perto e podia ir a pé de minha casa para o estádio. Além disso, era fervoroso adepto dos Yakult Swallows. Estava um perfeito dia de Primavera, sem uma nuvem no céu, apenas com uma ligeira brisa a fazer-se sentir. No estádio, não existiam ainda bancadas nas tribunas do lado da equipa da casa, simplesmente um relvado com alguma inclinação. Eu encontrava-me estirado na relva, a beber tranquilamente a minha cerveijinha gelada, aproveitando para deitar de vez em quando uma espreitadela ao céu ao mesmo tempo que acompanhava preguiçosamente o desenrolar da jogatana. Como era costume nos jogos dos Swallows, não havia muita gente no estádio. Tratava-se do jogo de abertura da época e a equipa local defrontava em casa os Hiroshima Carp. Lembro-me de que era Yasuda quem estava a fazer um lançamento pelos Swallows. Por sinal, um lançador pequeno e atarracado, conhecido pelo efeito diabólico que costumava imprimir às suas bolas curvas. Graças a ele, a equipa de Hiroxima foi travada ainda no primeiro tempo do ataque, e a esquipa aguentou facilmente com o marcador a zero. No segundo tempo, o principal batedor dos Swallows, Dave Hilton, um jovem norte-americano recém-chegado à equipa, conseguiu um excelente lançamento ao longo da linha esquerda. O som do bastão de encontro à bola ressoou em cheio pelo estádio inteiro. Hilton, extremamente rápido, passou a primeira base e não teve qualquer dificuldade em acercar-se da segunda. Foi nesse exacto momento que um pensamento me atravessou o espírito: E que tal se eu escrevesse um romance? Ainda me recordo do céu, imenso e a perder de vista, do cheiro da erva tenra, do som daquele impacto perfeito. Foi como se qualquer coisa tivesse caído do céu naquele preciso instante, e, indepentemente do que fosse, eu a tivesse agarrado.»

em «Auto-Retrato do Escritor enquanto Corredor de Fundo», tradução de Maria João Lourenço, editado pela Casa das Letras.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

[Entrevista] - A Minha Vida é Monótona


Vai haver muitos dias em que não teremos notícias do dia para dar - com Murakami é mesmo assim, e é também um dos motivos que tivémos para criar o blog: a falta de notícias, e a grande dispersão das mesmas. Por isso, hoje, deixamos com vocês a entrevista publicada no i online a 30 de Novembro de 2009, que a tradutora Maria João Lourenço fez ao autor. Publicamo-la aqui para os leitores a quem a existência da entrevista tenha passado ao lado. É, na íntegra, muito interessante.


30 de Novembro de 2009 - Haruki Murakami gosta de escrever e gosta de correr - o seu novo livro, "Auto-retrato do Escritor Enquanto Corredor de Fundo", publicado este mês em Portugal, é prova disso mesmo. Apesar de não cultivar o isolamento de outros autores, também gosta de se fechar em casa a ler livros e a ver episódios da série "Perdidos" (gravados precisamente na ilha de Kauai onde escolheu viver partes do ano). O que não gosta é de responder a perguntas: "O autor deve ser a última pessoa a falar sobre a sua obra", justifica. Arrancar-lhe uma entrevista é, portanto, uma raridade: "Haruki está concentrado a escrever o novo romance e não tem aceitado dar entrevistas. Mas como este é um pedido especial, ele quis colaborar", explicou por email Yuki Katsura, a assistente, avisando ainda que Murakami não teria tempo para respostas longas. Em relação ao novo romance, "1Q84", que acabou de ser publicado no Japão, Murakami disse à sua tradutora (aqui na pele de entrevistadora) que quer vê-lo em português: "E espero que seja aceite calorosamente (com fervor, de preferência). Espero ainda visitar o vosso país numa próxima ocasião."


João Céu e Silva escreveu no "Diário de Notícias" acerca deste novo livro: "Quando se chega ao fim, fica a curiosa sensação de que entrámos num mundo inesperado do japonês e que um dia destes ele brindará os seus leitores com a verdadeira autobiografia completa." Os leitores podem contar com isso?

Não creio que algum dia vá escrever a minha autobiografia, uma vez que a minha vida (até à data) é bastante monótona. Levanto-me de manhã cedo e trabalho cinco ou seis horas, depois corro (ou nado) durante uma hora, e vou para a cama bastante cedo. Estou casado com a mesma mulher há 37 anos. Faço colecção de velhos LP de jazz. Não vejo que razão possa ter para descrever esta minha vida, sem nada de extraordinário, e correr o risco de provocar bocejos nas outras pessoas. Mas um dia destes terei qualquer coisa a dizer acerca da escrita propriamente dita.


Considerando a forma - um livro de memórias -, registaram-se mudanças significativas no processo criativo, ou foi apenas trabalhar no duro e suar como de costume?

A pergunta refere-se à forma do livro? Ou ao exercício propriamente dito? O que quis dizer neste livro foi o seguinte: para se produzir uma obra consistente, poderosa, tem de se ser fisicamente forte e estar em boa forma física. É essa a minha teoria. Quando se é muito novo, ou quando se é um génio, não é preciso fazer exercício. Um escritor limita-se a escrever. Até aí, tudo bem. Não perde o seu tempo com mais nada. Mas quando já não se é tão jovem nem tão genial quanto isso, o corpo torna-se um companheiro importante. Ajuda, tanto física como mentalmente, sobretudo a manter a cabeça desanuviada e a mente activa.
Como define a sua relação com os críticos, que por vezes tendem a associar à sua obra rótulos como pós-moderno, surrealista, ecléctico, pop?
Sou um romancista. Escrever livros é a minha profissão. E acredito que o autor deve ser a última pessoa a falar sobre a sua obra. Por isso, deixo que sejam os outros a tecer considerações acerca do meu trabalho. Algumas pessoas dizem coisas razoáveis, outras não; o problema é delas e não meu. Pela parte que me toca, continuo a escrever, e isso é o mais importante. Espero escrever o que outros não são capazes de escrever, ou não se atrevem a escrever. Será provavelmente a isto que chamam "originalidade". E, por vezes, a originalidade tem o condão de irritar certas pessoas. Não é minha intenção provocar essa irritação, escusado será dizer, mas, tal como já disse antes, o problema é definitivamente deles, não meu.


O terceiro volume de "1Q84" será publicado no Japão em Maio de 2010. Já disse que era "o maior e o mais ambicioso". Assassínio, história, cultos religiosos, laços familiares, amor. Apesar do segredo que envolve o romance, pode revelar-nos mais?

Gostava de lhe chamar "um romance completo" ou "um romance total", uma vez que contém quase tudo dentro dele. Por outras palavras, foi concebido como um microcosmo. Não tem aquilo a que se chama um "tema". É apenas um romance, uma história e, se resultar bem junto dos leitores, significa que eles se irão ver perdidos na densa floresta engendrada pela própria história e por lá vão andar, por sua conta e risco. É isso que pretendo. Que vocês, leitores, andem por ali sozinhos e perdidos, mas que no fim acabem por ser salvos, de certa maneira. Mais ou menos...


"1Q84" é um calhamaço. Philip Roth, eterno candidato ao Nobel, em entrevista recente ao "Guardian", afirmou que cada vez parece existir menos capacidade de concentração para ler um romance devido aos computadores e à televisão. Num cenário destes, o que continua a inspirar Haruki Murakami a escrever romances?

Se o livro for suficientemente bom e poderoso, e suficientemente apelativo, as pessoas vão lê-lo e irão gostar do que lêem. Estou de acordo com Mr. Roth em muito do que ele diz, mas acredito no poder dos livros, no poder das histórias dos últimos três mil anos. É preciso ter uma certa confiança nessa matéria. Computadores? Existem há quê? Pouco mais de duas décadas, não é verdade? Se cinco por cento da população ler livros com regularidade, gostar verdadeiramente de ler, só isso já será fantástico. Nós (escritores) podemos continuar a viver porque sabemos que eles estão lá. Deixem lá os restantes noventa e cinco por cento das pessoas ver a televisão que quiserem ou entreterem-se com jogos de computador até à exaustão. Não importa. Cinco por cento de leitores é quanto basta.


Que música é que ouve quando não está a escrever, altura em que só tem por hábito prestar atenção ao som produzido pelo teclado?

Música clássica de manhã, jazz da parte da tarde e à noite. Enquanto conduzo, quase sempre rock. É uma grande ajuda. Devo muitas coisas à música. Refiro-me à boa música, claro. Mas quando estou realmente concentrado na escrita, não oiço nada.


Este ano visitou Espanha a fim de receber o Prémio San Clemente. Passou um dia na companhia de jovens entre os 16 e os 18 anos que parecem ávidos de o ouvir e ler. Tem consciência disso?

Fico verdadeiramente satisfeito por saber que os jovens na Europa (ou em qualquer outra parte do mundo) adoram ler os meus livros. Encaro isso como uma espécie de milagre. A verdade é que confesso a minha ignorância quanto às razões que os levam a ler-me com tanta avidez, uma vez que não sei quase nada acerca da juventude nos dias que correm, mas parto do princípio de que partilhamos histórias. Histórias são metáforas. E nós precisamos de boas metáforas para sobreviver neste mundo duro e cruel. As teorias não funcionam, os variados "ismos" (seja o comunismo ou o mercado livre, market-ism, e outros que tais) não surtem efeito na prática, as Nações Unidas não funcionam, os computadores estragam-se, os pais são estúpidos, os professores são idiotas, a escola não presta (tem dias), mas a metáfora cumpre a sua função. Tanto no que toca aos adultos como aos jovens.


Como tradutora, perguntam-me ainda hoje muitas vezes como traduzi o capítulo 16 de "Kafka à Beira-Mar", com todo aquele sangue à mistura. O Haruki disse em tempos: "Quando estou a escrever, não penso. Não sei se [as personagens] são boas ou más." Continua a pensar o mesmo?

Quando me encontro a escrever histórias, viajo até lugares sombrios, para não dizer até aos lugares mais obscuros. Em sítios desses, não é fácil, para não dizer que por vezes se torna impossível, dizer o que é bom e o que é mau. O que é certo e o que é errado. No entanto, quando nos apanhamos de volta à superfície, que é como quem diz, a este mundo, temos de decidir se queremos ter uma vida como deve ser. Como tal, somos obrigados a levar uma vida dupla - uma vida profunda e uma vida superficial. Pode chamar-se a isso uma existência dividida. E a experiência ameaça revelar-se bastante perigosa. A nossa personalidade pode ficar dividida para sempre. Quero com isto dizer que uma pessoa tem de ser suficientemente forte. Dito de outro modo, é preciso correr.


Sempre me impressionou o seu entendimento do mundo feminino. Freud diz que um homem só é capaz de amar na medida em que "possui uma vida emocional feminina". Como é que se analisa diante do espelho?

Costumava sentir-me pouco à vontade quando escrevia personagens femininas, comparado com o que sentia quando me punha a escrever personagens masculinas. Contudo, recentemente, dei por mim a gostar cada vez mais de escrever sobre mulheres. De certa maneira, é como se me sentisse capaz de me pôr na pele delas, por assim dizer. E isso é muito importante para mim enquanto escritor. O que o Dr. Freud diz tanto me faz.


Afecta-o de alguma maneira ver o seu nome referido ano sim, ano não, como potencial candidato ao Prémio Nobel da Literatura?

Os bons leitores são os meus verdadeiros prémios e as medalhas dignas desse nome. As outras coisas... não passam disso mesmo. Ou se percebe isto ou não se percebe. Não tem importância.

Gostaram da entrevista? Partilhem connosco as vossas opiniões. Eu, pessoalmente, não me passou nada o lado a frase que li na introdução: "Espero ainda visitar o vosso país numa próxima ocasião."!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

[Notícia] - Murakami sem certezas de escrever novas sequelas de “1Q84”


Tóquio, 1 de Julho – Conhecido escritor japonês Haruki Murakami diz não ter a certeza de que vá escrever novas sequelas do seu bestseller “1Q84”, embora não rejeite essa possibilidade, segundo fontes literárias.

“Neste momento, não faço ideia” se vão haver mais sequelas, disse Murakami, de 61 anos, numa entrevista à revista trimestral Kangaeruhito (O Pensador) que será publicada no próximo Sábado pela Shinchosha Publishing Co., a editora dos livros “1Q84”.

“Para mim é difícil dizer neste momento se vou editar um livro 4 ou um livro 0 da série ‘1Q84’ ”, disse Murakami.

“O que posso dizer neste momento é que existem histórias antes [do volume 1] e depois [do volume 3].” Quando questionado sobre a existência de um novo volume, Murakami respondeu, “Não posso negar completamente essa possibilidade”.

Em Dezembro de 2009, o principal distribuir Tohan CO. dissera que a série de 2 livros “1Q84”, editada em Maio desse ano, tinha sido o livro mais vendido no Japão nos últimos 12 meses, até Novembro.

O terceiro livro foi posto à venda em Abril deste ano.

Na entrevista da edição de Verão da revista trimestral, Murakami disse que o título do livro “1Q84” e o nome das personagens lhe surgiu pela primeira vez enquanto trabalhava nos dois primeiros livros.

Também falou sobre os seus outros livros no seu discurso na cerimónia de entrega do Jerusalem Prize em Fevereiro de 2009.

Murakami é um dos mais conhecidos autores contemporâneos japoneses e é muitas vezes visto como um candidato ao Prémio Nobel da Literatura. Os seus romances, já traduzidos em diversas línguas, incluem “Norwegian Wood”, “Kafka à Beira-Mar” e “ Crónica do Pássaro de Corda”.

Data: 1 de Julho, 01:58 AM US/Eastern
Fonte: The Mainichi Daily News
Em: http://mdn.mainichi.jp/arts/news/20100701p2g00m0et057000c.html